A safra 2012/13 de milho em Mato Grosso exigirá desembolsos 6,5% maiores pelos produtores rurais. O custo de produção deve seguir uma curva ascendente e exigir investimentos na ordem de R$ 1.636 por hectare ante os R$ 1.535 da safra 2011/12. A relação tecnologia continuará influenciando a relação de gastos. Isto porque na próxima temporada os agricultores do estado também vão continuar investimento em itens que elevem a produção e produtividade.
Cleber Noronha, analista de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), destaca que somente em junho os custos das sementes, dos fertilizantes e dos defensivos aumentaram 13,8%, 12,1% e 3,9%, respectivamente, quando comparados com os valores aplicados em maio.
"Haverá maior valor agregado em função da tecnologia empregada", destaca o especialista. De acordo com o Imea, somente com as sementes – cujos preços em junho tornaram-se 13% maiores – os investimentos já se são 47% maiores quando levado em consideração a safra 2011/12. Para a próxima temporada a estimativa do Imea é que o produtor gaste R$ 1.636,79 por hectare com sementes de alta tecnologia.
O pacote de insumos também deve pesar no bolso do produtor e exigir boa parte dos investimentos para planejamento do próximo ciclo agrícola. De acordo com o Imea, a aquisição de sementes, fertilizantes e defensivos deve exigir, ao todo, desembolsos na ordem de R$ 971,74. No comparativo com a safra passada os custos tornaram-se 17,5% maiores frente aos R$ 827,01 de 2011/12 e também quase 11% acima que o patamar de maio, quando eram R$ 877,14 em maio.
Apesar das oscilações, o analista de mercado do Imea ressalta que o produtor mantém-se em um estágio de observação quanto aos custos. Está focado na colheita da safra que até a última semana atingiu 27,2% dos 2,5 milhões de hectares. Mato Grosso deve colher em 2011/12 uma supersafra avaliada em 13,1 milhões de toneladas, alta de 87,5% sobre o ciclo passado.