Até o ano de 2014 o Governo Federal deve disponibilizar recursos para a construção e implementação de melhorias em imóveis rurais. A meta é contratar até 100 mil imóveis por meio do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). Atenderá produtores e trabalhadores rurais. Lançado nesta segunda-feira (9) pelo Banco do Brasil, prevê atender também serviços de reformas nos imóveis. O público é principalmente aquele cuja renda bruta anual chegue a R$ 60 mil. Somente em Mato Grosso o número de moradias deve oscilar entre 2,5 mil a 4 mil, estima a Superintendência Regional.
Edson Anelli, gerente de Mercado de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável, destaca que três são os grupos a serem atendidos pelo programa. No primeiro estão os beneficiários que possuem renda anual de até R$ 15 mil; no segundo aqueles acima de R$ 15 mil e até R$ 30 mil e o último acima de R$ 30 mil e até R$ 60 mil.
No grupo 1 podem ser acessados até R$ 25 mil para construção e até R$ 15 mil para reforma. A renda bruta anual é de até R$ 15 mil. De acordo com o banco, não se aplicam cobranças de encargos financeiros para este público.
No grupo 2 a renda do produtor deve ser entre R$ 15 mil e R$ 30 mil. A taxa de juros chega a 5% ao ano mais a TR. Já no grupo 3, renda entre R$ 30 mil a R$ 60 mil com taxas entre 6% a 8,16% ao ano mais a TR.
Conforme Anelli, quatro são os critérios para poder ter acesso ao PNHR. Ter propriedade rural com até 4 módulos fiscais; renda bruta de até R$ 60 mil; aptidão para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), além de empregar mão de obra familiar nos serviços.
Em Mato Grosso, a população residente no campo aumentou em uma década e chegou ao fim de 2010 em 552.321 mil, ante as 516.670 mil em 2000, o que representa uma evolução na ordem de 7%, indicou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A presença masculina é superior à feminina. Isto é, eles são 305.759 mil, enquanto elas outros 246.562 mil, apontou o IBGE. Além de Mato Grosso, o Mato Grosso do Sul registrou expansão no universo de moradores nas áreas rurais. Em 2000 eram 330,3 mil e, dez anos depois, avançou a 351,7 mil.
Já em Goiás e no Distrito Federal houve recuo. No primeiro Estado a população rural passou de 605,7 mil em 2000 para 583 mil em 2010. Já no Distrito Federal, baixou de 88,7 mil para 87,9 mil, segundo o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. A realidade verificada nestas duas unidades federadas seguiu a tendência nacional. Ou seja, diminuição do volume da população rural.