O preço da terra em Sinop, no norte de Mato Grosso, aumentou 75% entre 2010 e 2012. Em 2010, o hectare valia entre R$12 mil e 13 mil. Em 2011, subiu para R$ 15 mil e, em março deste ano, atingiu R$ 21 mil, segundo pesquisa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Leonildes Bares, produtor de soja em Sinop, diz que as limitações ambientais para abertura de áreas agrícolas acabam valorizando ainda mais as áreas já usadas para agricultura.
Além das regras que limitam o avanço da agricultura e contribuem para a valorização da terra, Bares acredita que a escassez de alimentos é outro fator que deve fazer com que o preço da terra suba ainda mais. “É uma tendência mundial a valorização de terras destinadas à produção de soja e milho.” Mato Grosso tem 62% do território (56,02 milhões de hectares) preservados, sendo que deste total dois terços estão nas propriedades rurais e um terço em áreas protegidas, como Unidades de Conservação e Terras Indígenas.
A área considerada produtiva equivale a 38% do território estadual, sendo 32,41 milhões de hectares com produção agropecuária e 1,89 milhão de hectares destinados a outras ocupações, segundo o Imea. No ranking brasileiro, Mato Grosso ocupa o primeiro lugar na produção de soja, algodão, milho segunda safra, girassol e criação de bovinos. Mundialmente, a produção de soja mato-grossense está na quarta posição.