O cavalo pantaneiro, que é conhecido pela força física e pela capacidade de adaptação às secas e às cheias do Pantanal, é um das atrações da Exposição Agropecuária de Poconé. O evento, que é realizado entre os dias 28 de junho e três de julho, reúne criadores para julgar os melhores animais. No Brasil somam aproximadamente 10 mil cavalos registrados, sendo a maioria em Mato Grosso, de acordo com a Associação Brasileira do Cavalo Pantaneiro. Pesquisas apontam que a origem da raça está ligada aos cavalos ibéricos trazidos para o Brasil na época da colonização.

Segundo o presidente da Associação, Joaquim Proença, o animal se destaca por ser rustico e conseguir ficar seis meses, na época da cheia, dentro d´água sem sofrer prejuízos na saúde. "Ele se adapta também no tempo mais seco". São essas características avaliadas durante o desfile e julgamento dos animais. "São avaliados a postura e a estrutura do cavalo, bem como a sua funcionalidade e sua resistência", explica o juiz da competição Tarcisio Souza.

É o que aconteceu com o o cavalo Nativo da Promissão que ganhou na categoria  "jovem com o melhor desempenho". O proprietário  Paulo Moura explica que o animal é acostumado a ganhar prêmios.  "Ele  é filho um dos melhores reprodutores da raça e de uma égua que também foi muito premiada em competições de Cuiabá e Poconé".

O organizador do evento, Manoel Marques, explica que a constantes premiações fazem parte do curriculum do animal. "Esses pontos também são transferidos para os filhos dos animais". Durante a exposição, mais de 220 animais participam do julgamento em 24 categorias. Os mais jovens são puxados pelos peões porque ainda não são domados. Já os animais acima de 36 meses passam por um percurso de balizas.