O crescimento e 72,7% na produção de milho em Mato Grosso não foi suficiente para desbancar o Paraná, que ainda se mantém líder nacional no cultivo do grão. No entanto, o incremento produtivo mato-grossense, de 5,5 milhões de toneladas, foi superior a produção paranaense adicionada na última safra, que foi de 3,9 milhões. Tal resultado fez diminuir a diferença entre os dois estados na comparação com o ciclo anterior, que era de 4,6 milhões de toneladas.

De acordo com dados do nono levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Mato Grosso deve produzir 13,1 milhões de toneladas na safra 11/12 ante a 7,6 milhões de toneladas da temporada anterior. Já a produção do Paraná deverá passar de 12,2 milhões de toneladas para 16,1 milhões de toneladas.

Sobre o incremento da produção mato-grossense, o analista do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleber Noronha, explica que o clima favorável na chamada janela ideal para o plantio são características que irão favorecer os resultados positivos no campo. A produtividade também vai sofrer alteração e pode se tornar 31% maior frente ao ano passado.

"Aumentamos devido ao clima que favoreceu demais e foi muito bom para a cultura do milho. Tínhamos estimado na produtividade 67 sacas por hectare e aumentamos para 87 sacas por hectare", expressou o especialista.

Com a maior oferta de produto no mercado, Mato Grosso também aumentou sua participação no cenário nacional. Com uma supersafra já revisada o estado deve ser responsável por sozinho produzir quase 20% do milho total no Brasil (este levando-se em consideração o primeiro e segundo ciclos). A produção brasileira do grão é estimada em 67,7 milhões de toneladas.