Hoje (24.05) é comemorado o Dia Nacional do Calcário Agrícola. O objetivo desta data, instituída pela lei 12.389, de 3 de março de 2011, é conscientizar o produtor rural sobre a importância da calagem na agricultura. Em Mato Grosso, segundo o Sindicato das Indústrias de Calcário (Sinecal-MT), existem mais de 20 indústrias que, juntas, produzem cerca de 5 milhões de toneladas deste corretivo de solo. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) apoia o uso de tecnologias na recuperação do solo e que contribuam para aumentar a produtividade no campo.
Segundo o secretário geral do Sinecal-MT, Wendel Rodrigues, a introdução de novas tecnologias no campo, como é o caso da agricultura de precisão, fez com que o produtor rural passasse a dar mais importância ao calcário. “Ele é o único produto capaz de corrigir a acidez do solo e faz com que os fertilizantes dêem a resposta correta para a planta”, explica Rodrigues.
O calcário foi introduzido em Mato Grosso em meados da década de 1970, mais precisamente na região de Nobres. De lá para cá, com o desenvolvimento da agricultura no estado, a produção industrial cresceu e passou a fazer parte da economia de outros municípios mato-grossenses. As principais regiões que concentram a produção no estado são o médio-norte, noroeste, Vale do Araguaia e a Baixada Cuiabana. Na região médio-norte do estado, por exemplo, existem sete indústrias. No noroeste e na baixada cuiabana são mais três e duas indústrias respectivamente. No Vale do Araguaia estão instaladas quatro empresas do mesmo ramo.
Em 2004, a produção de calcário no estado bateu recorde, totalizando 6 milhões de toneladas. Em 2012, a expectativa do Sinecal-MT é alcançar este mesmo resultado. Embora a produção seja bastante representativa, as indústrias instaladas em Mato Grosso têm capacidade total para produzir mais de 10 milhões de toneladas do produto. “As indústrias estão muito estruturadas para dar suporte na produção. Com as novas demandas e técnicas, como é o caso da Integração Lavoura-Pecuária, haverá necessidade de mais calcário para correção do solo e as indústrias daqui estão preparadas para isso”, afirma Rodrigues.