A Rússia retomou em abril seu posto de principal compradora de carne suína do Brasil, com participação de 29,15% do total embarcado, conforme a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Foram exportadas 13,91 mil toneladas para o mercado russo no mês passado. Segundo a entidade, a melhora nas vendas para a Rússia se deve ao fato de que quatro frigoríficos brasileiros foram aprovados para exportar.
O embargo aplicado por Moscou ao Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso já dura onze meses. De janeiro a abril deste ano, o Brasil vendeu 30,29 mil toneladas para o mercado russo, uma queda de 55,59% em volume, em relação a igual período de 2011. O segundo maior comprador da carne suína brasileira em abril foi a Ucrânia, com 11,84 mil toneladas (participação de 24,81%). Em terceiro lugar, Hong Kong, com 17,46%, em quarto, Angola e, em quinto, Singapura.
Foi registrada queda de 6,3% nos volumes exportados de carne suína em abri, em relação ao mesmo mês do ano passado. O país vendeu 47,73 mil toneladas e faturou US$ 125,22 milhões, uma retração de 13,89% na receita no período, em comparação com o período anterior.
De janeiro a abril, a variação foi positiva em 1,39% em toneladas (171,46 mil) e negativa em receita (menos 3,49%), ante os embarques nos primeiros quatro meses de 2011. O Brasil obteve uma receita de US$ 440,57 milhões no acumulado do ano com exportações de carne suína.
Argentina
De acordo com a Abipecs, o Rio Grande do Sul é o Estado mais prejudicado com as restrições aos suínos.
– A tática do governo argentino parece estar produzindo os resultados que almejava. Recebemos relatos de importadores sobre reuniões do setor privado e deste com o governo argentino em Buenos Aires, mas o nosso Ministério da Agricultura não confirma que os entendimentos avançaram – diz o presidente da Associação, Pedro de Camargo Neto.
O Brasil exportou 473 toneladas e US$ 1,60 milhão para a Argentina em abril. O número representa queda de 85,46% em volume e 87,66% em receita, em relação a igual período do ano passado. De janeiro a abril, os embarques para o mercado argentino somaram 5,74 mil toneladas e US$ 18,13 milhões, uma retração de 56,88% em volume e 53,26% em valor.