O milho vem sofrendo grande pressão pelo advento de grande oferta, decorrente do aumento de produção, principalmente, dos Estados Unidos e do Brasil, onde, além de Mato Grosso, o Paraná começa a se destacar com boas condições de lavoura de milho de segunda safra. É o que informa o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Essa situação fez com que o preço obtivesse uma desvalorização grande nas últimas semanas, com queda média de 20,3%, pois, enquanto no início do ano se pagava em média R$ 19,00 a saca, a média da última semana não ultrapassou os R$ 16,00 a saca.
Essa situação ruim para o cereal pode ser mudada caso a demanda internacional seja grande, e a boa notícia foi a divulgação da FAO, que em seu último boletim apontou um maior consumo do grão. Juntamente a isso a Organização mencionou que o Brasil pode ter uma parcela maior no volume mundial exportado, 10,0 milhões de toneladas, acréscimo de 10% em relação a 2011.
O lado positivo é que Mato Grosso tem destaque na participação da exportação nacional e, desde 2009, manteve participação superior a 50% da exportação nacional do cereal. Se essa tendência continuar e superar o grande volume de 2010, de quase 6,7 milhões de toneladas, poderá trazer um alívio para o futuro grande estoque de milho.