A aviação agrícola brasileira vem registrando nos últimos anos um crescimento médio de 8% ao ano, segundo estimativa do sindicato nacional das empresas do setor, o Sindag. Em média, de acordo com a entidade, estão sendo comercializados 100 aeronaves por ano, movimentando somente nas operações de venda aproximadamente R$ 120 milhões.
O Brasil, segundo o Sindag, tem a segunda maior frota de aviões agrícolas do mundo, com 1.663 aeronaves, conforme dados de janeiro deste ano do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Comercial (ANAC). O País fica atrás em número de unidades somente dos Estados Unidos, que tem aproximadamente cinco mil aviões.
A expectativa, conforme o presidente do Sindag, Nelson Paim, é que o setor mantenha em 2012 o mesmo patamar de crescimento que vem sendo registrado nos últimos anos. Entre as vantagens que estimulam a expansão da aviação agrícola estão a eliminação das perdas por amassamento, já que não roda na lavoura, maior precisão nas aplicações e redução em 90% do uso de água no preparo das caldas para a aplicação, além da rapidez do processo.
Uma demonstração do crescimento do setor será dada em Campo Grande (MS), com a realização entre os dias 27 e 29 de junho, do Congresso Nacional do Sindag. O evento será realizado no aeroporto Santa Maria e vai contar na sua programação com exposição de produtos e serviços, palestras e debates técnicos e ainda com demonstrações aéreas.
"Temos a expectativa de reunir entre 40 e 50 empresas entre fabricantes de aeronaves, de softwares, de GPS e fornecedores de suprimentos, entre outros para a exposição. O evento contará com a participação de empresas brasileiras, dos Estados Unidos, do Canadá e da Argentina", adianta o presidente do Sindag.
Paim, diz que com a realização do evento em Campo Grande, a entidade fecha o ciclo de realização do congresso em vários estados do País. Ele acredita que o evento em Mato Grosso do Sul deve pelo menos repetir o público da edição de 2011, cerca de 980 participantes, entre pilotos, agrônomos, empresários, produtores e prestadores de serviço.
"Nosso objetivo com o congresso é primeiro integrar todos os elos do setor, desde os fabricantes, passando pelos distribuidores, até os técnicos e engenheiros. A segunda meta é promover debates e discussões sobre temas relevantes ao segmento, como a gestão agrícola e segurança na aviação agrícola, que deverão ser temas deste ano", conclui.