O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, anunciou ontem (20) o aporte de R$ 737 milhões para medidas de apoio à comercialização de arroz. Os recursos serão aplicados na venda de 2,02 milhões de toneladas, via leilões, com o objetivo de garantir o preço mínimo do produto pago ao agricultor. Em Mato Grosso, quinto maior produtor do grão no país, a saca vem sendo comercializada entre R$ 24 e R$ 25, enquanto o preço mínimo estabelecido pelo governo é R$ 25,80.
Na avaliação dos produtores a ajuda para o Estado chega de forma tardia, devido a retração no volume colhido este ano. Com isso, o Estado terá pouco produto para negociar durante as ofertas públicas. A produção mato-grossense de arroz no ciclo 2011/2012 deve apresentar quebra significativa, passando de 795,9 mil toneladas colhidas na safra passada, para 518,8 mil toneladas (redução de 34,8%), segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A área plantada também diminuirá de 256 mil hectares na safra 10/11, para 169 mil (há) nesta safra, apresentando uma queda de 34%. Até o início deste mês, aproximadamente 60% da safra do cereal já havia sido colhida.
Conforme representantes do setor, a safra passada no Estado foi marcada por grandes volumes vindo de estados como o Rio Grande do Sul e a consequente desvalorização do arroz mato-grossense.
Leilões – A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para apoiar a comercialização de 1 milhão de toneladas de arroz. Em Aquisição do Governo Federal (AGF) serão 320 mil toneladas e mais 700 mil toneladas em contratos de opção de venda. “Temos muitas questões que precisamos conversar com nosso setor arrozeiro, mas as medidas de hoje vão tranquilizar o setor até o fim do ano”, disse o ministro. (Com Agência Brasil)