O Estado se mantém como líder na produção de girassol do país. Nessa safra, devem ser colhidas 61 mil toneladas da oleoginosa, registrando a maior produtividade entre os nove estados produtores. No Brasil, a área cultivada com girassol na safra 2011/12 deve ficar em 67,9 mil hectares, e espaço ocupado pela planta em Mato Grosso corresponde a 65% desse total. O sexto levantamento da da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o Estado deve produzir 24,5% mais girassol no ciclo atual, ante as 49 mil toneladas no ano passado. A área também deve crescer, passando de 39,9 mil hectares em 2011 para 43,6% esse ano, uma expansão de 9,3%.
A projeção de colheita por hectare é de 1.400 kg, alta de 14% na comparação com a safra 2011, quando foram 1.228 kg/ha. No Brasil a produção nacional de girassol esperada para esta safra deve alcançar 94,6 mil toneladas, 13,8% superior ao colhido na safra anterior, conforme a Conab divulgou na semana passada.
Em Mato Grosso, cerca de 80% da produção de girassol é destinada à indústria de óleo, mas este ano deverá ser um pouco diferente. Alguns produtores estão vendendo a maior parte da produção para o mercado de passarinhos. Isso porque houve quebra no Rio Grande do Sul que deixou o setor praticamente vazio.
Produção – De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Glauber Silveira Este, é em Campo Novo do Parecis que se concentra a maior produção do Estado. Esse ano aproximadamente 36,5 mil (ha) devem ser destinados ao girassol no município, o que representa 80% da plantação matogrossense.
Conforme o produtor, parte do que é produzido na localidade é processada no próprio município pelas indústrias. Em sua opinião, a produção no Estado poderia ser maior, não fosse a concorrência direta com soja e milho, que além de melhor preço e maior liquidez, são semeados na mesma época propícia ao girassol.
Outro fator também, segundo ele, é a falta de investimentos em tecnologia e a baixa qualidades das sementes que tem deixado a desejar. "O potencial para o Estado é bom, e o acompanhamento da Conab vem demonstrando isso, porém poderia ser melhor. Falta tecnologia e faltam pesquisas voltadas para a qualidade das sementes", conclui.