A Câmara Técnica do Trigo (CTT), da qual a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participa, se reuniu hoje em Cuiabá para discutir a viabilidade econômica da cultura em Mato Grosso. De acordo com estudos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), o Estado tem potencial para ser um dos maiores produtores do país e já produz trigo em 300 hectares de maneira experimental nas regiões de Lucas do Rio Verde e Primavera do Leste, com produção de 60 sacas por hectare.

Conforme o representante da Famato na CTT, Elso Vicente Pozzobon, Mato Grosso tem capacidade para ser um grande produtor de trigo, porém é necessário analisar a viabilidade econômica da produção. "Pesquisas já provaram que há viabilidade técnica e agronômica para a produção do trigo no Estado, visto que temos solos compatíveis com a cultura e condição de plantio que nos dá um produto com qualidade bem superior a qualquer outro lugar do país. Entretanto, ainda não há garantias do ponto de vista econômico. Precisamos garantir que o produtor terá uma rentabilidade no final da colheita e isto está sendo discutido na Câmara", explica.

O coordenador da CTT e pesquisador da Empaer, Hortêncio Paro, destaca que a Câmara é uma comissão que visa alavancar o desenvolvimento sustentável da cadeia do trigo no Estado, por meio do Programa de apoio a Cultura do Trigo (Protrigo). "Já comprovamos que há potencial técnico para o cultivo do produto no Estado, agora as atenções da Câmara estão centradas nos estudos de viabilidade econômica, pois o produtor quer garantias de terá lucro antes de plantar".

A próxima reunião da Câmara Técnica do Trigo (CTT) deve acontecer em 03 de maio.

A Famato é a entidade que representa os 86 sindicatos rurais espalhados em Mato Grosso. Ao lado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), forma o Sistema Famato.