Produção de milho será 40% superior na safrinha 2011/2012 em comparação ao que foi colhido na temporada passada. Estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) é que 2,2 milhões de toneladas sejam produzidos este ano, 100 mil a mais do que o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Apesar do incremento na produção, o preço deverá permanecer em alta, isso porque a demanda continua crescente e houve perdas significativas na produção na região Sul do país e na Argentina. Analista da Conab, Petrônio Sobrinho, explica que nos 2 últimos anos a demanda pelo milho cresceu mais do que a produção, puxada pelas cadeias produtivas da avicultura, suinocultura e bovinocultura.
Além disso, ele ressalta que não se pode desconsiderar a quebra de safra no Sul do país por causa da estiagem. Superintendente do Imea, Otávio Celidônio, revela que como o mercado estava em alta, produtores aproveitaram vender o milho no mercado futuro e 50% desta safra está comercializada. Fora isso, ele afirma que 25% da produção é consumida em Mato Grosso e que os demais 25% deverão ser exportados, assim como o que foi vendido antecipadamente, e suprir a demanda desabastecida pelo Sul. Com o comprometimento da produção, os preços tendem a permanecer elevados.
Boletim do Imea aponta que na última semana, entre segunda-feira (30) e sexta-feira (03) houve uma variação de até R$ 3 por saca, passando de R$ 15 para R$ 18 em algumas regiões do Estado. Produtor em Sinop, Antônio Galvan, conta que os produtores estão investindo no milho, mas que a produção poderá ser comprometida porque está havendo atraso na entrega das sementes, que estão até 25% mais caras neste período.