Além de viabilizar venda de hortifrutigranjeiros no Estado é preciso investir no fortalecimento da agricultura familiar, de onde provém o maior volume de hortaliças, frutas, legumes, além de leite e ovos. Para isso, nesta semana os produtores de 15 consórcios intermunicipais de Mato Grosso receberão 1 milhão de alevinos das espécies tambaqui, tambacu e pirapitinga, além de 200 mil matrizes de mudas de banana e 75 mil doses de sêmen de 4 raças bovinas, distribuídos em uma ação do Pacote de Fortalecimento da Agricultura Familiar, criado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf).

Amanhã (1º de fevereiro) serão entregues 56 mil mudas de banana para os consórcios do Alto do Teles Pires, Nascentes do Araguaia, Vale do Rio Cuiabá e Vale do Teles Pires, abrangendo 40 municípios. Segundo o gestor da cadeia produtiva da fruticultura, Rodrigo Furquim, Mato Grosso mantém 6 mil hectares produtivos, sendo que há 10 anos eram cultivados 60 mil hectares de banana.

Redução foi provocada pela incidência de doenças características dessas lavouras, como a Sigatoka Negra e Mal do Panamá. Por isso, as variedades distribuídas aos agricultores familiares são espécies tolerantes às doenças. Secretário municipal de agricultura de Sinop, Clóvis Sanches, acrescenta que o município concentra a maior produção individual de banana do Estado. "Apenas um produtor daqui planta 120 hectares e a produção não é maior por faltar meios de se comercializar”.

Permissionário do Terminal Atacadista de Cuiabá (TAC), Sandoval Silva, completa dizendo que a maior parte dos alimentos hortifrutigranjeiros vendidos na Capital provém da região Sudeste. Por isso, reforça, os agricultores familiares precisam de apoio tanto para produção quanto para negociação dos alimentos.