Mato Grosso encerrou 2011 com um rebanho bovino de 29,19 milhões cabeças. Um aumento de 1,5% a mais que os 28,769 milhões de animais em 2010 e 214,4% do que em 1993 (9,283 milhões bovinos). Os animais estão distribuídos em 108.359 propriedades. A meta do Estado era fechar o ano com 30 milhões de cabeças de bovinos, contudo devido ao crescimento do consumo e ao aumento do abates de fêmeas, em decorrência da crise enfrentada pelo setor com a seca na entressafra, não a atingiu o esperado.
De acordo com dados do Indea-MT, 2011 foi um ano atípico nos abates, assim como 2007, principalmente em relação ao abate das fêmeas. Em 2011 foram abatidas pouco mais de 2,113 milhões de fêmeas em Mato Grosso, 0,09% inferior as 2,115 milhões de 2007. No entanto, em relação a 2010 o abate das fêmeas saltou 42,3%. Em todo ano passado Mato Grosso abateu pouco mais de 4,794 milhões cabeças de bovinos, 10,3% superior as 4,344 milhões de 2010. Em 2007 foram mais de 5,158 milhões de cabeças.
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, comenta que o fato de não ter atingindo a meta dos 30 milhões de cabeças não preocupa o setor pecuário, pois o que importa é o aumento da produtividade e sustentabilidade. "Em 2011 tivemos uma crise com a falta de pastagem por causa da seca e tínhamos mais fêmeas que machos em meio ao rebanho. Como o consumo aumentou 10% nos vimos obrigados a ter de abater mais matrizes, assim como em 2007", diz Vacari.
2012 – Segundo o superintendente da Acrimat, as demandas externas e internas são quem ditarão omercado da pecuária mato-grossense. "Exportamos para mais de 180 países que prezam por carne de qualidade, coisa que temos. A Rússia voltando a comprar nossa carne fará com que as exportações elevem-se".
Em 2011 a carne bovina teve queda no volume enviado para o exterior de 6,5% em 2011 ante 2010, encerrando o ano com 178,4 mil toneladas exportadas. Porém, cresceu 18,6% ficando em US$ 870,8 milhões. Conforme a Folha do Estado já comentou, a valorização do dólar a partir de outubro favoreceu a comercialização de carne bovina na reta final do ano.
Para o diretor de Relações Institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rogério Romanini, o Estado hoje passa por um momento de transformação na cadeia pecuária. "A produção de carne bovina cresceu no país, inclusive em Mato Grosso. Nosso rebanho tem crescido devido à tecnologia utilizada e a tendência é que continue assim, principalmente dentro de confinamentos e semiconfinamentos, apesar do custo de produção ser maior que no pasto, contudo nosso ganho é que abatemos mais cedo". Hoje, a arroba bovina está em torno de R$ 87,89.