Metade do valor destinado a Mato Grosso dos recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) para ser captado em 2012 por mini, micro, pequenas, médias e grandes empresas será usada para desenvolver o potencial do agronegócio. Do R$ 1,5 bi para o Estado, R$ 741 são para a modalidade FCO Rural.
O valor foi anunciado na última semana durante a divulgação, em Brasília, do desempenho na contratação do FCO em 2011 e definição dos valores para 2012. O Fundo é administrado conjuntamente pelo Ministério da Integração Nacional, Condel e Banco do Brasil (BB).
O FCO Rural disponibilizará um total de R$ 2,266 bilhões para as quatro unidades da federação da região Centro-Oeste. Assim como Mato Grosso, Goiás também poderá captar os mesmos R$ 741 milhões. Mato Grosso do Sul terá direito a R$ 588 milhões e o Distrito Federal outros R$ 194 milhões.
A novidade para 2012 é a redução das taxas para captação dos recursos para os tomadores de menor porte. As taxas para financiamentos para mini e micro empresas, até 360 mil, variam de 4,25% a 5% ao ano. À medida que o valor aumenta, as taxas se elevam. Para grandes empresas, as taxas anuais para o FCO Rural chegam a 8,5%.
Outra novidade anunciada é a criação do cartão FCO, que estará nas agências do Banco do Brasil e permitirá aos tomadores o pagamento direto aos fornecedores de compras referentes à aquisição de matéri-prima e formação de estoques.
"O uso do cartão simplificará o processo de liberação de crédito e proporcionará ao tomador mais agilidade e comodidade na utilização dos recursos", esclareceu o diretor de Varejo, Distribuição e Operações do BB, Dan Conrado.
Para obter financiamento com recursos do FCO, o empresário ou produtor rural deve comparecer a uma agência do BB, onde receberá todas as informações. O beneficiário pode tomar o financiamento em qualquer parte do Brasil, desde que o investimento seja aplicado no Distrito Federal, Goiás, Mato Grasso e Mato Grosso do Sul.
As condições de financiamento do FCO são diferenciadas, com limite de financiamento de R$ 20 milhões por tomador e prazo de até 20 anos para pagar, incluído o período de carência de até 12 anos.