As Forças Armadas retomaram ontem os trabalhos de prevenção contra a febre aftosa na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, após o surgimento de um novo foco da doença no país vizinho, informou o Ministério da Agricultura. Os militares já haviam sido convocados em setembro passado quando foi descoberto um primeiro foco de aftosa no Paraguai.
Em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, as atividades de prevenção do Ministério da Agricultura serão retomadas hoje.
Os militares trabalharão em parceria com os fiscais da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) em cinco regiões consideradas de maior risco para a entrada da aftosa no Brasil. As atividades de inspeção também estão sendo realizadas em 14 postos fixos e em 10 barreiras volantes em toda a fronteira do Estado, segundo informou o ministério.
O novo surto de aftosa foi descoberto no departamento paraguaio de San Pedro, o mesmo onde surgiu o foco em setembro passado.
Entre as medidas de prevenção tomadas pelo governo do Brasil para evitar a entrada da aftosa está a suspensão temporária das importações de carnes de bovinos oriundos do Departamento de San Pedro.
O ministro da Agricultura Mendes Ribeiro vai a Mato Grosso do Sul sexta-feira. Ele vai a Ponta Porã visitar locais de inspeção e acompanhar o trabalho de fiscalização. Também tratará do tema com o governador André Puccineli e representantes da Superintendência Federal de Agricultura e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Agropecuário.
Para Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs (exportadores de suínos), a descoberta do novo foco de aftosa mostra que há "descontrole" no Paraguai. Ele disse que "faltou pressão do Brasil" sobre o país vizinho. (Colaborou AAR)