Com maior peso no Produto Interno Bruto (PIB) mato-grossense, o agronegócio fecha 2011 registrando recordes. Soja, milho e algodão tiveram um ano produtivo, marcado por expansões de área e produção, além de preços atrativos no mercado externo, mesmo com a desvalorização do dólar frente ao real.
Soja, maior cultura no Estado, atinge 22,162 milhões de toneladas na safra 2011/2012, aumento de 7,8% em relação à temporada anterior, de 20,566 milhões (t). Crescimento foi puxado pelo aumento na área, que subiu de 6,412 milhões de hectares para 6,985 milhões (ha), elevação de 8,9%.
O milho, deixa de ser o "patinho feio" na produção estadual, que até 2010 era sinônimo de risco pela falta de armazéns para estocar o volume produzido, para ganhar a preferência dos produtores após o cultivo da soja. Alta demanda e bom preço no mercado interno e externo fez a produção saltar 40%, saindo de 6,991 milhões (t) para 9,803 milhões (t) de uma safra para outra. Área também aumentou, de 1,752 milhão (ha) para 2,203 milhão (ha), ou 25,8% mais.
Algodão mato-grossense teve a produção elevada em 14%. Na safra 2011/2012 foram produzidas 2,739 milhões (t) de algodão em caroço, contra 2,403 milhões (t) no ciclo anterior. Alta demanda fez as tecelagens pagarem mais pelo produto e refletiu no varejo.
As exportações mato-grossenses também atingiram valores históricos. De janeiro a novembro foram embarcados US$ 10,263 bilhões em mercadorias (sendo o maior volume de produtos do agronegócio) contra US$ 7,817 bilhões em 2010, uma evolução de 31%. As importações também cresceram, saindo de US$ 871,7 milhões para US$ 1,426 bilhão, na mesma base de comparação.
Nem mesmo o embargo russo à carne bovina mato-grossense (além do Rio Grande do Sul e Paraná), prejudicou as vendas externas, cujo crescimento mensal foi de 15%, graças à abertura de novos mercados, como a Venezuela e países do Oriente Médio.