A Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) abriu na quinta-feira (dia 1º) os envelopes com as propostas comerciais das empresas interessadas em construir e administrar a infraestrutura do Terminal de GRÃOS do Maranhão (Tegram), no porto de Itaqui, em São Luís.
Segundo apurou o Valor, a CGG Trading (braço da Cantagalo General Grains, controlada pelo grupo têxtil Coteminas), a suíça Glencore e o Consórcio Crescimento (formado pela francesa Louis Dreyfus Commodities e o grupo Amaggi) arremataram os lotes remanescentes do projeto. Elas se juntarão à Novaagri Infraestrutura, que arrematou o 1º lote.
O resultado e o valor das propostas devem ser publicados no Diário Oficial de hoje.
Ao todo, as quatro vencedoras terão de investir R$ 262 milhões na primeira fase do projeto, que inclui a construção de quatro armazéns, com capacidade estática de 125 mil toneladas cada, e das estruturas de recebimento e expedição das cargas.
O projeto deverá ser elaborado em conjunto. As empresas poderão explorar o negócio por até 25 anos, renováveis por período semelhante.
O Tegram é considerado uma obra estratégica para o escoamento da produção das regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país. Atualmente, cerca de 80% da soja para exportação é escoada pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Quando estiver em pleno funcionamento, o Tegram poderá movimentar até 10 milhões de toneladas de GRÃOS. Em sua primeira fase, com início previsto para o fim do ano de 2013, a capacidade prevista é de até 5 milhões de toneladas.
A licitação do Tegram foi alvo de ações na Justiça por parte de Bunge, Cosan e Cargill. Embora não tenham participado da licitação, as empresas questionavam a viabilidade financeira do projeto. A Cargill alega que os custos de implantação do empreendimento podem ser até 65% mais altos do que os projetados no edital e que as metas de movimentação mínima determinadas pela Emap estão acima do que estabelece a Antaq, a agência que regula o setor.