São paulo – A profissionalização do campo brasileiro gerou um aumento da demanda por mão de obra qualificada, o que fez crescer os salários do setor. Além disso, o volume de novas vagas também tem crescido no agronegócio, que já figura como maior gerador de empregos, superando indústria urbana, serviços e o comércio.
De janeiro a outubro deste ano a área rural registrou um incremento de 13% do volume de vagas em comparação com o mesmo período de 2010, com a criação de 194 mil empregos No Mato Grosso, o setor agropecuário tem oferecido remuneração mais alta que a das demais áreas da economia do estado. Cargos de técnico, por exemplo, cujas funções se desenvolvem no campo são os mais bem remunerados, com valor médio de R$ 1.875, seguidos pelos de trabalhadores de indústrias do agronegócio, com R$ 1.759; já a indústria urbana em geral paga R$ 1.508, e os técnicos do setor de comércio e serviços, R$ 1.284.
"Mesmo com a desaceleração da economia, e com o nível de formalização de emprego ainda baixo no caso da agropecuária, o setor rural não está tirando o pé do acelerador, contrariando o movimento da indústria", disse o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sérgio Mendonça.
A indústria ampliou suas vagas entre janeiro e agosto deste ano apenas 5%, seguida por serviços (6,4%) e comércio (4,3%). "A agricultura, por motivos sazonais, registrou uma perda de 29,9 postos de trabalho, equivalente a uma variação negativa de 1,77%", afirmou Daniel Latorraca, gestor do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).