Uma rede de pesquisa da Embrapa busca manejo para o mofo branco na soja. A doença é comum a centenas de culturas e está nos principais polos de produção da oleaginosa no país. O fungo pode resistir por até 12 anos no solo, por isso tanta dificuldade em combater a praga.
Segundo a Embrapa, o mofo branco atinge a mais de 2,5 milhões de hectares. Embora tenha surgido no Sul, causa perdas nas regiões altas dos cerrados como nos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.
O pesquisador da Embrapa Soja, Ademir Henning, conta que os principais responsáveis pela disseminação são as sementes pirata e a caseira. Também podem contaminar as lavouras os tratores e máquinas usados em mais de uma propriedade e que não são lavados com frequência.
"É de difícil erradicação, temos que passar a semente no separador, onde elimina 90% dos escleródios, e tratar sementes com benzimidazol mais fluazina, mesmo assim não elimina tudo", comenta o fitopatologista.
Uma pesquisa coordenada pela entidade, revelou que existem fungicidas capazes de inibir a doença. Mas só devem ter registro comercial a partir do ano que vem. O pesquisador ainda afirma que não há uma cultivar resistente. E mesmo com os fungicidas disponíveis no mercado, o agricultor precisa adotar medidas para prevenir o mofo branco.
Uma delas é reduzir a quantidade de plantas por hectare, outra é a
rotação de culturas, que também auxiliam no combate a doença.
SOJA PLUS
A analista de meio ambiente da Aprosoja, Cristiane Sassagima, o coordenador ambiental da Associação Brasileira das Indústrias de
Óleos Vegetais (Abiove), Bernardo Pires e o engenheiro agrônomo, João Carlos Vianna, apresentam ontem (21), o Programa Soja Plus para os alunos de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Entre 100 e 200 alunos dos cursos de agronomia e engenharia florestal foram convidados para assistir a apresentação.