As chuvas atrasaram neste ano e a safra de soja foi menos afetada pela ferrugem, doença fúngica que tem trazido tradicionalmente pesados gastos para os produtores da oleaginosa. A presença menor dessa doença fez o gastos do produtores com fungicidas recuar para R$ 2,1 bilhões até setembro, 3% menos do que em igual período de 2010.
A soja é responsável por cerca de 57% das vendas no segmento de fungicidas. Mesmo com a queda nas compras de fungicidas, os produtores tiveram gastos totais de R$ 8,2 bilhões até setembro, 8% mais do que em igual período anterior. Os dados são do Sindag (que reúne empresas do setor).
O bom ritmo das vendas até agora e o maior cuidado que os produtores terão com a safra de verão, que está sendo semeada, deverão fazer com que as vendas de defensivos agrícolas fiquem próximas de US$ 8,2 bilhões neste ano, superando os US$ 7,8 bilhões gastos nos EUA, segundo um analista.
Além do clima tropical, que exige mais defensivos, o Brasil faz duas safras por ano. Para os cálculos de US$ 8,2 bilhões, foi usada a cotação média de dólar de R$ 1,67.
Para Ivan Amancio Sampaio, gerente de informação do Sindag, as culturas que estão contribuindo para o aumento nas vendas são as de soja, cana-de-açúcar, algodão, café, milho e pastagens, principalmente no uso de herbicidas e inseticidas. Sampaio destaca que no comparativo de setembro deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior o aumento das vendas foi ainda maior: 13%.