Com a intensificação da produção agrícola no Brasil, cresceu a necessidade do uso de agroquímicos, para que se faça o controle de pragas e doenças, a fim de garantir a qualidade dos alimentos.
Assim, consequentemente, aumentou também o número de embalagens desses produtos que precisam ser descartados. Mas, graças a programas de orientação e conscientização, o descarte adequado de embalagens de produtos químicos vem aumentando no campo.
Uma destas iniciativas é o Sistema Campo Limpo, (logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos), ligado ao Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que de janeiro a setembro de 2011 recebeu 3.100 toneladas de embalagens de defensivos, apenas dos agricultores paulistas.
Houve um crescimento de 10% no descarte ambientalmente correto de embalagens, em relação ao mesmo período de 2010, quando foram destinadas 2.826 toneladas do material.
Somente em setembro, o Estado retirou do campo 185 toneladas de embalagens. De acordo com o inpEV, de janeiro a setembro foram destinadas 27.337 toneladas em todo o País. Esse volume representa um crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O volume destinado reflete o incremento da produção agrícola no Brasil e o aumento nas vendas de agroquímicos. No ano passado, o setor teve seu melhor ano, graças à queda do dólar, aumento do preço das commodities e o incremento de áreas cultivadas, de produtos como soja e algodão.
A movimentação no segmento foi de US$ 7,2 bilhões, aumento de 9% em relação ao ano anterior. Neste ano, de janeiro a agosto, houve aumento de 7% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2010.
Para promover a entrega dessas embalagens, o Sistema Campo Limpo realiza, em todo o País, ações de recebimento itinerante e conta com 421 unidades de recebimento. Em São Paulo, existem 55 unidades de recebimento, sendo 16 centrais e 39 postos.