A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, pediu ontem ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, agilidade no processo de liberação de agroquímicos, cuja análise é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), subordinada ao Ministério da Saúde. O registro de um novo agroquímico leva, em média, sete anos para ser aprovado.
"Essa morosidade é insuportável para o setor agropecuário", afirmou. Esse prazo, considerado muito longo, gera impactos diretos no custo da produção agropecuária. Só no caso do algodão, os defensivos representam 50% do custo de produção.
"Quanto mais defensivos melhor, porque a tendência é os preços caírem em função do aumento da oferta", afirmou a senadora Kátia Abreu. Um dos motivos apontados pela CNA para a demora no registro de agroquímicos é a falta de técnicos suficientes para atender à demanda das empresas na Anvisa.
De acordo com a senadora Kátia Abreu, 850 técnicos trabalham nesse tipo de análise nos Estados Unidos. Na Anvisa, 23 pessoas avaliam os pedidos de liberação.
A senadora Kátia Abreu explicou que, até agora, foram concluídos 253 processos de registros. Outros 139 estão em análise e 239 estão esperando para ser analisados. O pedido de registro desses agroquímicos é feita depois de anos de pesquisas, que custam entre US$ 12 milhões e US$ 20 milhões.