A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) mudou o estatuto, abrindo espaço também para a participação de fornecedores da cadeia produtiva da carne. Outra inovação do estatuto é a alteração na forma de pagamento das mensalidades e no peso dos votos dos associados.
Antonio Jorge Camardelli, reeleito presidente da entidade, diz que é importante a participação de outros setores, que ele chama de "colaboradores". A participação desses setores, que vão de fornecedores de insumos para a pecuária à produção de papelão, "vai integrar mais a cadeia", diz ele.
Quanto à participação das associadas no pagamento dos custos da entidade, as discussões foram mais caloro- sas, principalmente por parte dos frigoríficos menores. Foram discutidas três propostas, escolhidas entre seis.
A primeira decidia por um pagamento linear e igual para todas. A segunda tinha valor fixo, mas as empresas pagariam um adicional de 0,004% das exportações, até um limite-teto. Em compensação, teriam o direito de até dois votos a mais nas assembleias.
Foi adotada uma proposta que contempla parte das anteriores, segundo Camardelli. Ela estipula um valor mínimo mensal de pagamento das associadas à entidade, mais uma participação de 0,005% das exportações do semestre anterior.
As empresas que superarem US$ 500 milhões em exportações no semestre anterior à assembleia passam a ter direito a um voto a mais. Pelos valores atuais, JBS e Marfrig têm esse voto extra. A associação tem 12 afiliadas, e os "colaboradores" não terão direito a voto.