A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), representada pelo analista de Assuntos Fundiários, Dione Castro, participou nesta segunda-feira (29/09) das Oficinas de Diagnóstico e diálogo para a construção coletiva do Plano de Recursos Hídricos do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Lourenço (CBHSL). O encontro foi realizado no Centro de Eventos de Jaciara e contou com a presença de lideranças do setor produtivo e de representantes da bacia.
O convite partiu da presidente do Sindicato Rural de Jaciara, Juliana Bortolini, que destacou a importância da aproximação das entidades representativas na construção de políticas de preservação e uso sustentável da água. “A presença da Famato fortalece a atuação dos sindicatos rurais junto aos comitês e assegura que o produtor rural tenha voz nesses espaços de decisão. É essencial que estejamos juntos para contribuir com dados, experiências e sugestões que reflitam a realidade da nossa região”, afirmou.
Também participaram da oficina os presidentes de sindicatos rurais Antonio Carlos Carvalho de Sousa, de Santo Antônio do Leverger, e Dolor Vilela, de Juscimeira, além do produtor rural Rogério Berwanger e do representante titular do CBHSL, Gilson Provenssi.
Durante sua fala, Dione Castro reforçou a preocupação da Famato com a preservação dos corpos hídricos e das nascentes, especialmente nas regiões de Jaciara, Juscimeira e Rondonópolis. Ele destacou a necessidade de cautela quanto a diagnósticos que atribuem a contaminação por coliformes fecais à atividade pecuária sem a devida comprovação científica. “Questionei os responsáveis pelo estudo se essa afirmação era baseada em dados técnicos ou apenas em suposições. Foi reconhecido que se tratava de uma suposição, o que poderia gerar impactos indevidos sobre a atividade econômica. É fundamental termos clareza sobre as causas para, se necessário, adotar medidas mitigatórias adequadas, mas não podemos trabalhar com generalizações”, ressaltou.
Dione Castro também reforçou que os parâmetros de qualidade da água apresentados seguiram a metodologia prevista na resolução do Conama, que estabelece limites mínimos permitidos. Segundo ele, a participação dos produtores rurais foi positiva e contribuiu para o direcionamento das próximas etapas dos estudos.
A Famato acompanha de perto os debates relacionados aos recursos hídricos em Mato Grosso e reafirma seu compromisso em representar os produtores rurais com responsabilidade, defendendo tanto a preservação ambiental quanto a continuidade da produção sustentável.