A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) recebeu, nesta quarta-feira (18/06), a visita de uma comitiva de Petrolina, em Pernambuco, liderada pelo presidente do Sindicato Rural do município, Jailson Lira. O encontro teve como foco a troca de experiências e informações sobre as potencialidades do agronegócio nas duas regiões, com destaque para as áreas de fruticultura, tecnologia, assistência técnica e empregabilidade no campo.
Petrolina é referência nacional na produção e exportação de frutas, especialmente uvas e mangas, e tem se destacado também pela fabricação de vinhos e pelo uso de tecnologias avançadas no campo. A cidade do sertão pernambucano é um dos maiores polos de fruticultura irrigada do Brasil e abriga uma cadeia produtiva que emprega milhares de pessoas e movimenta significativamente a economia local. “Viemos conhecer de perto o modelo de organização do agro mato-grossense e estamos impressionados com a força, a estrutura e a integração do Sistema Famato com os produtores”, afirmou Jailson Lira.
Acompanhado pelo presidente do Softex Pernambuco, Yves Nogueira, pelo diretor da instituição, João Onofre, e por Daniel Costa, diretor de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Jailson foi recepcionado pelo presidente da Famato, Vilmondes Tomain, e pelo diretor administrativo e financeiro, Robson Marques.
“Receber a comitiva de Petrolina aqui na Famato é uma oportunidade valiosa de fortalecer o diálogo entre diferentes regiões do Brasil que, embora com características distintas, compartilham o mesmo compromisso com o desenvolvimento sustentável do agronegócio. Mato Grosso é um estado com vocação para a produção de grãos e proteína animal, enquanto Petrolina é referência internacional em fruticultura irrigada. Essa troca nos enriquece e mostra que o futuro do agro está na união do conhecimento, da tecnologia e do empreendedorismo. A Casa da Família Rural está de portas abertas para parcerias que valorizem o produtor, promovam a inovação e gerem oportunidades no campo”, disse Tomain.
A programação da visita incluiu uma apresentação institucional do Sistema Famato e suas casas, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), AgriHub e os 95 Sindicatos Rurais, conduzida pelo coordenador de Inteligência de Mercado do Imea, Rodrigo Silva. Participaram também da reunião as representantes do AgriHub, Sarah Gonçalves (analista de Inovação e Agronegócio) e Jéssica Gimenes (gerente de Inovação e Agronegócio), que abordaram iniciativas ligadas à inovação no campo.
Durante o encontro, foram destacados temas estratégicos como assistência técnica e gerencial, geração de empregos no campo, empregabilidade de jovens com formação técnica em TI (Tecnologia da Informação) e o papel das instituições na formação de um agro cada vez mais produtivo e sustentável.
O modelo mato-grossense de organização do setor foi detalhado, com ênfase na atuação dos sindicatos rurais, responsáveis por trazer as demandas dos produtores até a Famato, que, por sua vez, articula junto à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no âmbito federal.
Além disso, foi apresentado o trabalho do Imea na produção e análise de dados estratégicos para o agro, com informações sobre produção, mercado, preços e ocupação do solo. Mato Grosso, que preserva 62,5% de seu território, é líder nacional na produção de grãos e realiza duas safras por ano na mesma área, com destaque para a soja e o milho.
Outro ponto destacado foi o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), alimentado com contribuições dos produtores rurais e revertido em infraestrutura e no fortalecimento das cadeias produtivas do estado.
O diretor Robson Marques também abordou o papel do Fórum Agro MT, do qual a Famato é membro, ao lado da Acrimat, Acrismat, Ampa, Aprosmat, OCB/MT e Aprofir, além da importância da Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na defesa dos interesses do setor.
O diretor Robson Marques, destacou ainda que a troca de experiências entre os estados abre caminhos para possíveis parcerias em áreas como capacitação, tecnologia, inovação e intercâmbio de informações entre produtores, universidades e instituições representativas.