O clima começa a ficar desfavorável para a soja em algumas regiões de Mato Grosso, principal Estado produtor da oleaginosa no país.
Otávio Celidonio, superintendente do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), diz que a estiagem das últimas semanas compromete lavouras nas regiões sudeste, oeste e centro-sul do Estado.
Em algumas regiões, onde a lavoura de soja já se torna inviável, os produtores se preparam para o plantio de culturas substitutas, como milho e algodão. Se a estiagem persistir, a perda de produtividade será ainda maior do que a já prevista. Os dados desta safra indicam 3.174 quilos por hectare, volume 1,1% inferior ao da safra anterior, segundo dados do Imea.
Nesta safra de 2011/12, os produtores do Estado semearam 6,78 milhões de hectares, 5,8% mais do que na anterior. Essa área mostra evolução contínua nos últimos anos. A deste ano supera em 21% a média das últimas cinco safras.
Apesar da queda de produtividade, o crescimento de área fará com que a produção total de Mato Grosso atinja 21,5 milhões de toneladas, 4,6% mais do que na safra anterior. A produção mato-grossense cresce ano a ano e já supera em 22% a média das últimas cinco safras.
O primeiro contrato de soja foi negociado a US$ 11,37 por bushel (27,2 kg) ontem na Bolsa de Chicago. Esse valor indica queda de 12,5% em relação aos preços praticados há um ano na mesma Bolsa.
As receitas com as exportações de soja deste mês, embora tenham recuado em relação às de novembro, são o dobro das de igual período de dezembro de 2010, informou ontem a Secex.