Representantes do setor agrícola receberam com otimismo o plano lançado ontem pelo governo federal para investimentos em portos, mas cobraram agilidade na execução das obras, que poderão reduzir filas de navios e melhorar o fluxo de mercadorias para o exterior. “São obras muito importantes. Estamos com obras de rodovias em Mato Grosso e no Centro-Oeste. Agora é preciso ter os portos para o escoamento. Esperamos que haja agilidade nos processos a partir de agora”, disse Carlos Fávaro, presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso, o principal Estado produtor do grão no país e um dos que mais sofrem com a logística deficitária.
Na safra 2011/2012 chegou-se a colher no Estado 21,3 milhões de toneladas da oleaginosa. O governo federal anunciou um plano para investimentos de R$ 54,2 bilhões em portos até 2017, quase quatro meses após ter divulgado um pacote de concessões de ferrovias e rodovias com investimentos totais de R$ 133 bilhões ao longo de 25 anos.
Os embarques do complexo soja, incluindo grãos, óleo e farelo cresceram mais de 70% entre 2001 e 2011, atingindo 49 milhões de toneladas ao ano, dessa forma, justificando a medida.