As obras na BR-163, entre a divisa de Mato Grosso e Santarém (PA), estão 60% concluídas. A previsão é que elas fiquem prontas em 2014, com três anos de atraso. Após a conclusão, será escoada pelo trecho 50% da safra da região norte de Mato Grosso, com redução de até 34% no valor do frete. As informações são do Movimento Pró-Logística, que revela ainda que um terminal privado em Miritituba
(distrito de Itaituba – divisa de MT e PA) deve ser entregue ainda em 2013 para o escoamento da 2ª safra do milho.

No total, são 1.089 quilômetros em execução entre Guarantã do Norte, a 721 km de Cuiabá, até Santarém. O Estradeiro BR-163, realizado pelo Movimento Pró-Logística, ocorreu na semana passada. Este foi o segundo em 2012. O primeiro ocorreu em maio, e conforme o coordenador do movimento, Edeon Vaz, tinha como objetivo verificar o andamento das obras de pontes entre a divisa de Mato Grosso com o Pará, até Santarém.

O presidente do Movimento Pró-Logística e da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, comenta que este novo estradeiro foi satisfatório. “Da divisa de Mato Grosso até a Vila do Trinta (PA) os trabalhos evoluiram de maio para cá. Das 60 pontes necessárias no trecho quando fomos em maio, apenas 49 estavam prontas e hoje restam apenas três para ser concluídas. Mas o maior avanço é o trecho entre Vila do Trinta (Posto 30) até Rurópolis (região sudoeste do Pará à frente de Itaituba) que foi licitado e o maquinário já está chegando para iniciar as
obras, este trecho era o que preocupava. O ponto negativo foi encontrar o trecho entre Rurópolis e Santarém com pouco andamento”.

O trecho de Vila do Trinta e Rurópolis foi licitado há cerca de 10 dias, segundo Vaz,
após estar parado desde 2009 quando a empresa que havia vencido o certame “quebrou”.
Vaz comenta que até Miritituba as obras estão 65% concluídas. “Até Santarém, 60% estão prontas. Tanto que diante do que vimos acredita-se que até Miritituba cerca de 15% das obras devam ficar para ser concluídas em 2014.

Tudo deverá ser concluído daqui dois anos. Tivemos avanço”. Durante o estradeiro na
última semana de novembro foram constatados problemas em trechos já concluídos. “Algumas empresas mesmo com chuvas continuaram os trabalhos e agora os problemas estão surgindo. Já
conversamos com o Dnit. O órgão assegurou que os consertos não fragilizarão a pista”