Atualmente o mercado de suínos encontra-se em franco desenvolvimento. Na avaliação de Paulo César Lucion, presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), o reflexo de todo este progresso pode ser observado na geração de empregos. Isso porque a cada 50 matrizes é gerado um emprego direto e 10 indiretos, considerando 120 mil matrizes, são 2.400 funcionários lidando diretamente com a atividade e 24 mil empregos indiretos, totalizando aproximadamente 30 mil pessoas para o desenvolvimento do setor. “Mato Grosso, como sabemos, é o maior produtor de soja do país e na safra 2012/2013, como está previsto, vai produzir 20% de todo milho consumidor. Se observarmos bem, a suinocultura está intimamente ligada a essa atividade”.
Com um rebanho de 1,5 milhões de cabeças de animais a suinocultura, segundo o presidente da Acrismat, ultrapassou a função de apenas agregar valor aos grãos, se destacando como atividade de suma importância na geração de emprego e renda, sociabilizando a capacitando o produtor. Isso porque uma matriz e sua prole produzem 2.500 Kg de carne, para isso consomem 7.000 Kg de ração por ano, dos quais 72% são compostos por milho e 23% de farelo de soja, o que representa a ligação entre as cadeias produtivas fortalecendo a economia do Estado. No ano de 2010, Mato Grosso respondeu por 4,75 do total exportado de carne suína acumulado do ano, com um volume total de 14.811 toneladas e receita de US$39.997 milhões, com preço médio de US$2,70.
Conforme o diretor Executivo da Acrismat, Custódio Rodrigues, Mato Grosso tem expressivo potencial para expandir seu rebanho de suínos. Entre outros fatores que favorecem estes desenvolvimento, estão: excelente nível sanitário, boa oferta de energia, infraestrutura de transporte e logística em consolidação, política ambiental exigente e bem fundamentada, conduzindo à sustentabilidade das operações. “Temos feito parceria com o Indea e o Mapa, para fortalecermos ainda mais a questão dos cuidados com a sanidade. Além de estarmos trabalhando para continuarmos alerta nessa questão ambiental”. O diretor executivo diz ainda que hoje a Acrismat tem 320 associados e que a entidade está aberta aos produtores e demais integrantes da cadeia produtiva que queiram se associar. Isso porque o setor tem problemas, como o alto custo de produção, que necessita de união entre todos para que sejam resolvidos.