Líderes na produção de grãos, Paraná e Mato Grosso, são os pontos de partida das viagens nacionais da Expedição Safra 2012/13. Depois de acompanhar a colheita nos Estados Unidos (agosto e outubro) e conferir que o estrago provocado pela seca nas lavouras norte-americanas abre mercado e justifica o cultivo de uma safra recorde no Brasil, o projeto do Agronegócio Gazeta do Povo acompanha o plantio da soja e do milho de perto em todas as regiões produtoras do país. Juntos, os dois estados consolidam apostas que elevam a produção nacional de grãos em 9,8%, conforme estimativa prévia da Expedição.
Responsáveis por metade da produção brasileira de soja, Paraná (19%) e Mato Grosso (30%) os estados apostam como nunca na oleaginosa. Depois da seca do verão passado, os paranaenses retomam a linha de crescimento e os mato-grossenses se superam, com previsão inicial de 15,05 milhões e 23,95 milhões de toneladas de soja, respectivamente. Esses volumes são 38,6% e 8,7% maiores que os alcançados de 2011/12 na cultura, que representa 45% da safra nacional de grãos.
No milho, mesmo com corte de 10% na área de verão, o Paraná tende a recuperar a posição de maior produtor, que perdeu para Minas Gerais um ano atrás. A meta dos produtores é atingir 6,75 milhões de toneladas, 430 mil a mais que o volume previsto para o estado do Centro-Oeste. Mato Grosso, que planta como opção de segunda safra, começa a projetar novo aumento na área de cultivo.
Considerando o ciclo 2012/13 inteiro, soja e milho podem atingir 150 milhões de toneladas (participação de 83% na safra nacional de grãos). Com expansão de 20% no potencial de produção da oleaginosa e de 1,5% no do cereal na colheita de verão, o Brasil deve chegar a 182 milhões de toneladas de grãos na temporada, volume que supera o recorde de 2011/12 em 9,8%, estima a Expedição Safra. Enquanto Mato Grosso se consolida como o maior produtor nacional de grãos, o Paraná garante a liderança na produção total de milho (1ª e 2ª safras).
As equipes que estão a campo confirmam o atraso no plantio em Mato Grosso e no Paraná devido à escassez de chuvas.