A presidente Dilma Rousseff viajará para a Rússia em dezembro e um dos assuntos que devem ser discutidos com o presidente do país, Vladimir Putin, é o fim do embargo à carne suína dos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, que dura 16 meses. No Estado são 22 frigoríficos, sendo 17 de bovinos, três de suínos e dois de aves. Outra barreira a ser vencida pelo setor é a da Argentina. Apesar de o governo brasileiro ter assegurado que as vendas seriam retomadas, depois de seis meses de bloqueio, as restrições seguem acontecendo.
Entre janeiro e setembro deste ano, houve incremento dos embarques de suínos para sete países, como Ucrânia, Angola e Cingapura. Mesmo com o bom resultado, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) alerta que o mercado russo não pode ser desprezado, pois paga mais para adquirir cortes nobres, como o pernil.
Nos primeiros nove meses do ano as vendas externas de carne suína alcançaram mais de US$ 1 bilhão, alta de quase 2% sobre o faturamento na comparação com o mesmo período do ano passado. Um relatório elaborado por uma missão técnica russa, que veio ao Brasil em agosto, está sendo analisado pelo Ministério da Agricultura, mas segundo o presidente da Abipecs, apesar de terem sido visitados, os frigoríficos de suínos sequer foram citados no documento.