Mato Grosso, principalmente o agronegócio que é responsável por 40% do superávit da Balança Comercial do Brasil passou a ter assento no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da República que é comandado pela presidente Dilma Rousseff (PT) com a indicação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado que inclusive já participou da primeira reunião após sua indicação.
“É mais do que importante, é o reconhecimento da importância de Mato Grosso e do setor produtivo que merece o respeito do mundo”, disse dos Estados Unidos o governador Silval Barbosa que hoje assina a reestruturação do resíduo da dívida pública de Mato Grosso que permitirá ao Estado ter sobra de recursos para serem aplicados em obras de infraestrutura como a logística de transportes.
“Em rápidas avaliações, se a logística funcionasse para o escoamento da produção teríamos uma economia da ordem de R$ 1 bilhões/ano apenas em frente”, disse enaltecendo a escolha de Rui Prado que permitirá se ampliar o debate da presença fundamental do setor produtivo nas decisões econômicas.
Para Rui Prado a escolha de um representante do setor produtivo ligado a agropecuária é uma demonstração de que se faz necessário se ouvir o setor e conhecer as opções para se buscar soluçõespara os impasses como no caso do novo Código Florestal que ainda se encontra em debate no Congresso Nacional. “As pautas são extensas e importantes e o melhor de tudo é passarmos a ser ouvidos e ter direito a opinar diretamente nos assuntos que dizem respeito ao Brasil e as políticas públicas”, assinala Rui Prado, lembrando que são 90 conselheiros de todos os segmentos sociais e econômicos. “Me anima saber que as discussões passam por todos os setores, inclusive os de representação popular”, frisou.
O presidente da Aprosoja, Carlos Favaro enalteceu não apenas a escolha de um representante, mas de uma pessoa altamente qualificada, de bom senso e principalmente de argumentos para a defesa do interesse da classe produtora. “Não podemos continuar a ser tratados como vilões.
Somos produtores de riqueza, de alimentos, de vida e não destruidores do meio ambiente. Sem o meio ambiente equilibrado não existe produção do agronegócio”, defendeu Favaro sinalizando que Rui Prado será uma opinião mais do que importante e sim balizada.
Para o presidente da Aprosoja os números dão a exata dimensão da importância da agropecuária para o Brasil e para o Mundo. “Somos responsáveis por 67% do total do PIB do Brasil”, disse Carlos Favaro. O PIB cresceu 2,7% em 2011, na comparação com o ano anterior, totalizando R$ 4,143 trilhões.