Na atividade pecuária mato-grossense foi notada evolução de 8,6% no Valor Bruto da Produção (VBP) neste ano em comparação com 2011 e um saldo de R$ 8,327 bilhões, ante os R$ 7,667 bilhões no ano passado, segundo dados do Imea. Crescimento decorre apenas do aumento na produção, esclarece o superintendente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Seneri Paludo, lembrando que a suinocultura sofreu com retração nos preços desde meados de 2011.
Nessa atividade, o crescimento no VBP foi o menor registrado e chegou a R$ 378,333 milhões, contra R$ 364,887 milhões em 2011. Ao contrário da suinocultura, a avicultura foi a atividade que registrou maior crescimento no VBP, alcançando variação de 11,1% sobre 2011 e um montante de R$ 891,990 milhões, contra R$ 802,937 milhões. Apesar do crescimento de 8,6% no VBP, a bovinocultura respondeu por 80,14% do VBP pecuária e gerou R$ 6,674 bilhões neste ano, ante os R$ 6,143 bilhões ano anterior.
Produção leiteira contribuiu com R$ 382,648 milhões no VBP Pecuária, após crescer 7,4% sobre os R$ 356,439 milhões contabilizados em 2011 e foi responsável pelo terceiro maior montante no VBP Pecuária. Analistas do Imea explicam que neste ano houve aumento da produção e melhoria nos preços do produto.
Reflexo – Comercialização acelerada das commodities agrícolas e tendência de aumento na produção de soja e milho na próxima safra irá refletir no aumento dos postos de trabalho, direta e indiretamente. Previsão do Imea é que entre o 2º semestre deste ano até o final de 2013 sejam criados 33 mil novos empregos em Mato Grosso. Número corresponde a 38% da mão de obra empregada atualmente na atividade agropecuária no Estado e equivale ao total de trabalhadores ocupados na construção civil. Economista Amado de Oliveira lembra que o crescimento no VBP agropecuária reflete em todos os setores da economia: além da influência na geração de emprego citada pelos analistas do Imea, a alta na renda do produtor reflete no consumo de produtos e serviços. Superintendente da Famato, Seneri Paludo, acrescenta que o impacto é maior pela vocação agropecuária do Estado. “Esse aumento significa mais dinheiro circulando em Mato Grosso”.