O plantio da safra 2012/2013 da soja, que começa em meados de setembro e outubro, deverá puxar para cima as contratações da agropecuária, que no ano ocupa o quarto lugar no saldo de empregos com carteira assinada. Ao comparar com o período de janeiro a maio de 2011, o saldo positivo do setor caiu 22,6%.

Enquanto o ano passado 7.939 haviam permanecido nos postos de trabalho, este ano são apenas 6.139. Os número são do Caged, que mostra no mês de maio de 2012, um saldo negativo de 428 contratações, já no ano passado o resultado era de menos 138 postos. Conforme o diretor-executivo da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Seneri Paludo, a colheita do milho 2ª safra e do algodão devem elevar um pouco os resultados, contudo somente a partir de setembro o impulso será maior, podendo levar o setor de volta ao primeiro lugar nas contratações. “A área do milho e algodão juntas somam cerca de 3 milhões de hectares, por isso o impacto no Caged será menor do que da soja, até porque são plantados mais de 7 milhões de hectares com a oleoginosa”, diz Paludo.

O diretor da Famato, comenta que para o setor o que vale na verdade não é o resultado obtido entre o total de admissões e desligamentos e sim apenas as contratações. “Se as admissões estiverem maiores que o ano anterior é prova de que o setor está em expansão. Se fosse o oposto, porém pequena a diferença, poderíamos estar vivenciando uma consolidação. Se essa diferença fosse maior seria sinal de alerta de crise”.

O total de admissões em 2012 é de 44.156, enquanto em 2011, entre janeiro a maio, haviam sido 42.456.