A performance da economia mato-grossense está entre os destaques do Banco Central (BC). Indicadores econômicos registrados de dezembro a fevereiro deste ano foram compilados e compõem o Boletim Regional, divulgado ontem pelo diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, em Curitiba. Entre vários aspectos avaliados que vão de vendas varejista às exportações, passando pelas perspectivas de safras e abate de bovinos, o BC enfatizou o nível de empregabilidade. Enquanto os outros estados do Centro-Oeste contabilizaram mais demissões do que contratações, o Estado encerrou o período com a oferta de 3 mil novas vagas com carteira assinada.
Conforme o Boletim, a economia do Centro-Oeste registrou, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a eliminação de 6,3 mil postos de trabalho no trimestre finalizado em fevereiro, ante criação de 14,5mil empregos formais em igual período do ano anterior, dos quais 6,5 mil na construção civil, 3 mil na indústria de transformação e 2,6 mil no comércio. Em oposição, foram gerados, no trimestre, 3,1 mil empregos formais no setor de serviços e 2,4 mil na agropecuária. A análise por unidades da Federação revela a eliminação de 5,5 mil postos de trabalho no Mato Grosso do Sul, 2,8 mil em Goiás e de 1 mil no Distrito Federal, “contrastando com a geração de 3 mil vagas em Mato Grosso”.
Conforme o BC, “a expectativa de crescimento da safra agrícola na região, em cenário de aumento nas cotações, favorece as perspectivas para a renda agrícola da região, com efeitos positivos sobre o desempenho dos demais setores” nos próximos meses.
As vendas varejistas na região registraram crescimento de 3% no trimestre encerrado em fevereiro em relação ao terminado em novembro, quando aumentaram 1,4%, segundo dados dessazonalizados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. “Ressalte-se a elevação nas vendas no Mato Grosso do Sul: 8%, seguindo-se as observadas em Mato Grosso, 2,8%, Goiás, 2,5% e Distrito Federal, 1,2%. O comércio ampliado (que incluiu as vendas de materiais de construção e veículos) cresceu 3,7%, ante 0,1% no trimestre encerrado em novembro de 2011, ressaltando-se os aumentos de 6,3% no Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso”.