As máquinas agrícolas impulsionaram o faturamento do setor de bens de capital no primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Nos três primeiros meses, o faturamento bruto do setor de máquinas agrícolas foi o que mais cresceu, com alta de 26,3% na comparação com o mesmo período de 2011.
O faturamento no grupo de máquinas para plástico, por sua vez, apontou baixa significativa, com queda de 64,8% perante o primeiro trimestre do ano passado.
A Abimaq destacou ainda a expansão das exportações no grupo de máquinas para a indústria de transformação no primeiro trimestre, de 63,8% em comparação aos três primeiros meses do ano passado.
No caso das importações, o melhor desempenho nos três primeiros meses do ano foi observado no setor de máquinas para agricultura, com aumento de 93,1%. Os grupos de máquinas para logística e construção civil e de máquinas para indústria de transformação, que têm peso elevado entre os principais produtos exportados, também tiveram crescimento expressivo, de 25,6% e 23,7%, respectivamente.
A importação de máquinas para bens de consumo, em contrapartida, registrou queda de 16,2% no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo período de 2011.
Balanço geral
A indústria de máquinas e equipamentos fechou o mês de março com faturamento bruto real de R$ 7,4 bilhões, alta de 18,8% sobre o mês de fevereiro. No primeiro trimestre de 2012, o setor faturou R$ 19,5 bilhões, o que representa um avanço de 5,1% ante igual período do ano passado.
As exportações somaram US$ 1,1 bilhão em março, 29,4% mais do que o mesmo mês de 2011. As importações totalizaram US$ 2,5 bilhões no período, ou 1,5% menos do que março do ano passado. Os dados resultaram em um déficit comercial para o setor de US$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre, que representa um aumento de 7,5% em relação aos três primeiros meses de 2011.
Os dados da Abimaq mostram ainda que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor fechou o mês de março com queda de 5,1% ante o mesmo mês de 2011, para 77,9%.