As exportações brasileiras de couros e peles somaram US$ 173,7 milhões em março, queda de 9% ante o mesmo mês de 2011. Na comparação com fevereiro, houve aumento de 15%. Em volume, os embarques totalizaram 36,9 mil toneladas. Os dados são do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB), com base no balanço da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No primeiro trimestre do ano, as receitas das exportações totalizaram US$ 464 milhões, em recuo de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em volume, os embarques somaram 6,5 milhões de toneladas, 9% abaixo do primeiro trimestre de 2011.
"Os embarques deste primeiro trimestre apresentaram desempenho decrescente, mas a feira internacional de Hong Kong, realizada em março e que contou com 32 curtumes brasileiros, sinaliza boas perspectivas para os negócios nos próximos meses", diz o presidente do CICB, José Fernando Bello, em nota à imprensa.
O executivo estima que os volumes de couros exportados para a Ásia e Estados Unidos também deverão aumentar no ano, pela intensificação de embarques de produtos acabados, de maior valor agregado. No primeiro trimestre, os itens acabados e semiacabados responderam por 68% da receita e por 56% do volume exportado no período.
Na análise por principais compradores de couro e peles brasileiros, no acumulado do ano, China e Hong Kong seguem na liderança, com 33,7% de participação e compras de US$ 156,3 milhões, 3% a mais que no primeiro trimestre de 2011.
A Itália ficou em segundo lugar, com 19,5% de participação e aquisições de US$ 90,44 milhões, o que representa uma queda de 17% em receita. Em seguida, estão os Estados Unidos, com US$ 56,96 milhões, em alta de 3%, e representatividade de 13%.
Já entre os principais Estados exportadores de couro e peles, nos três primeiros meses do ano, ficaram São Paulo, com vendas de US$ 97,37 milhões e 21% de participação, seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 82,86 milhões, 17,8% de participação), Paraná (US$ 61 milhões, 13,1%), Goiás (US$ 58 milhões, 12,5%) e Ceará (US$ 47,94 milhões, 10,3%).