O conceito de sistemas produtivos deve ser multiplicado no agronegócio brasileiro para expansão das atividades e utilização mais racional das áreas de plantio. "De modo geral, o termo sistema não é bem entendido pelos agricultores, que via de regra trabalham uma única cultura e nunca conseguem avaliar os benefícios ou prejuízos da cultura antecessora ou da que está em produção para para beneficiar a seguinte. Assim, pode-se dizer que não há sistemas ; somente cultivos isolados".
Este argumento é defendido por Clayton Giani Bortolini, da Fundação Rio Verde, de Lucas do Rio Verde (MT), que participará do II Encontro Regional de Sistemas Produtivos nos dias 23 e 24 de abril, em Sorriso (MT), e falará sobre "Posicionamento das Culturas em Sucessão" (Safrinha).
De acordo com Bortolini, o cultivo safrinha não pode mais ser chamado assim. Deve mudar para segunda safra, devido à importância para a propriedade, para a sociedade e para o País.
"As propriedades precisam maximizar a utilização de área para produção na segunda safra. Quando falamos em produção, não necessariamente precisamos ‘colher’ grãos, fibras, proteínas em determinado cultivo, mas sim fazer com que este cultivo proporcione renda, que gere benefícios aos cultivos futuros", diz o especialista da Fundação Rio Verde.
Ele cita o exemplo das coberturas de solo, que quando feitas de acordo com as recomendações técnicas proporcionam alto retorno econômico ao sistema, pois chegam a elevar em mais de 50% a produtividade de áreas que apresentavam deficiências de solo, pragas, doenças, nematóides ou outros.
Bortolini também destaca o Mato Grosso como Estado com grande potencial para mais que dobrar sua área de cultivo em segunda safra, somente adequando cada cultura para cada área, data s de plantio e objetivos. É preciso, porém, conhecer os benefícios e limitantes de cada cultura, o que não é difícil, pois as informações estão disponíveis em diversos meios.
"A proposta II Encontro Regional de Sistemas Produtivos (23 e 24 de abril, em Sorriso/MT) é auxiliar o produtor rural com tecnologias inovadoras para culturas na região, apresentando as opções que podem ser importantes fontes de receita para a safrinha em Mato Grosso".
O evento será iniciado às 18h do dia 23 de abril, no auditório do CAT Sorriso – Clube Amigos da Terra. No dia 24, estão programadas palestras a campo, a partir das 7h30, na Fazenda Santa Maria da Amazônia (Km 22 sentido Sorriso/Ipiranga do Norte).
PROGRAMAÇÃO:
DIA 23.04 – CAT SORRISO (Palestrantes) – a partir das 19h30.
Roberto Rodrigues (Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que falará sobre as Perspectivas do Agronegócio Brasileiro;
José Alfredo Pinto (setor Agronegócios do Banco do Brasil) que proferirá sobre a Agricultura de Baixa Emissão de Carbono.
DIA 24.04 – (DIA DE CAMPO) – Fazenda S. Maria da Amazônia – a partir das 7h30
Otávio Celidonio (IMEA MT) – Gerenciamento da Empresa Rural no Agronegócio;
Paulo Barroso (Embrapa Algodão – GO) – Avanço da Biotecnologia;
Clayton Giani Bortolini (Fundação Rio Verde) – Posicionamento das culturas em sucessão (safrinha);
Flávio de Jesus Wruck (Embrapa Arroz e Feijão, de Sinop-MT) – Integração Lavoura, Pecuária e Floresta;
Bruno Carneiro e Pedreira (Embrapa Agrossilvipastoril) – Eficiências dos sistemas de produção em pecuária de corte (pastagem x melhoramento animal);
Charton Jahn Locks (Aliança da Terra – GO) – Sustentabilidade Ambiental e o Agronegócio.
INSCRIÇÕES: Para participar do II Encontro Regional de Sistemas Produtivos acesse o site: www.catsorriso.com.br para mais informações ou ligue: (66) 3544-3379 ou mande seu e-mail para: catsorriso2@gmail.com