A China segue como a maior “cliente” da soja mato-grossense. Dos US$ 469,9 milhões exportados no complexo, em fevereiro, 21,1% da receita era proveniente do país asiático. O país adquiriu US$ 99,470 milhões em soja de Mato Grosso, 836,6% a mais que os US$ 10,620 milhões do mês em 2011.
Segundo o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio, o incremento na aquisição de soja por parte da China deve-se à safra 2011/2012 da oleoginosa ter ocorrido no tempo certo. “A China é a nossa maior cliente e tende a continuar assim. Ainda é incerto em quanto deve crescer os envios para o país em 2012, pois a demanda interna no Brasil deve crescer com a quebra no sul do país da produção”.
Levantamento do Mapa revela que países da União Europeia, como a França, a Espanha e Portugal tiveram crescimentos significativos na compra de produtos do complexo soja, que inclui óleo, farelo e grão. Somente para a França US$ 30,9 milhões foram enviados, 2.306,5% a mais do que os US$ 1,2 milhão em fevereiro de 2011.
Para a Espanha o crescimento foi de 388,8%, sendo comercializados no mês este ano US$ 77,4 milhões. Já Portugal foram enviados US$ 19,7 milhões, 549,3% a mais que os US$ 3,04 milhões do ano passado. O Mapa mostra ainda que vários países passaram a buscar a commodity matogrossense, como é o caso da Arábia Saudita que adquiriu US$ 25,9 milhões, a Itália US$ 9,6 milhões e Hong Kong US$ 3,09 milhões. “O aumento da aquisição dos países da União Europeia deve-se a oferta do produto estar maior este ano, ao contrário da safra passada. Mesmo com a crise econômica que passa o bloco, foi uma surpresa este crescimento ter ocorrido”, diz Celidônio.