O quilo da carne bovina segue em alta em Mato Grosso. Alguns cortes registraram aumento de até 37% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2011, principalmente os considerados de primeira linha. Mas apesar do índice elevado, o valor médio do quilo, levando em consideração todos os tipos de carne bovina, registrou apenas uma leve alta de 1,07%, passando de R$ 12,98 em fevereiro do ano passado para R$ 13,12 neste ano. Entre os cortes que mais apresentaram alta encontra-se o filé mignon com aumento de 37,2%, salto de R$ 23,38 para R$ 32,10 no período. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
De acordo levantamento do Instituto, tiveram alta de preço acima de 10% em relação a fevereiro de 2011, o lagarto de 15,32%, ficando em média a R$ 15,43 o quilo no mês em 2012 e o contrafilé com 13,9%, fechando fevereiro deste ano em média a R$ 21,56. Já a picanha, muito consumida em churrascos, que em fevereiro do ano passado custava R$ 36,61, saltou para R$ 40,97, alta de 11,9%. A maminha contabilizou aumento de 10,06% no comparativo entre os dois anos, sendo vendida no mês passado a R$ 23,07, o quilo.
Preço baixo – Todavia, cortes mais consumidos pela população apresentaram queda. O acém, por exemplo, apresentou queda de 21,63% no valo médio do quilo, de R$ 11,14 em fevereiro de 2011 para R$ 8,73 no mês este ano. Assim como o acém, o coxão mole também apresentou quedaem fevereiro de 2012, frente 2011. O corte era vendido a R$ 15,98 em média, 4,54% a menos que ano passado no mês.
A costela teve queda de 1,15% sendo comercializada em média a R$ 7,69. A alcatra, também utilizada em churrascos, reduziu 2,37% sendo vendida a R$ 19,73. Segundo supermercadistas e açougues, o “leve” ajuste é natural, em especial quando a oferta de bovinos machos para abates é inferior a de fêmeas.
Conforme o diretor da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Altevir Magalhães, a carne bovina deixou de ser a “vilã” na mesa dos mato-grossenses. “A pesquisa capta nossa realidade. Alguns cortes como o filé mignon e a picanha apresentam alta por serem carnes que representam cerca 5% do total da carne bovina, além disso seu consumo é pequeno. O que afetaria de fato o bolso do consumidor seria de o quilo da costela, acém e músculo, que são cortes populares”.
Janeiro em foco – Segundo levantamento do Imea, ao contrário do comparativo com fevereiro de 2011, em relação a janeiro deste ano, o preço médio do quilo da carne bovina apresentou recuo de 4,8%. Em janeiro o quilo custava em média R$ 13,79 nos açougues e supermercados do Estado, contra os R$ 13,12 do mês passado.
Os cortes que mais apresentaram queda foram o a alcatra que caiu 14,58 passando de R$ 23,09 em janeiro para R$ 19,73 em fevereiro, o filé mignon 11,05% de recuo de R$ 36,09 para R$ 32,10. Já a costela que no primeiro mês de 2012 custava em média R$ 8,93 o quilo, apresentou queda de 13,86% sendo vendida a R$ 7,69 no segundo mês.
A fraldinha registrou queda 11,15% de R$ 18,08 para R$ 16,06 e a maminha 10,91% de retração (de R$ 25,89 para R$ 23,07). O diretor da Asmat comenta que é de costume fevereiro apresentar redução de preço, frente a janeiro e dezembro. O proprietário de um açougue na avenida Marechal Deodoro, Leandro Gomes, confirma o fato. “Fevereiro começa a cair por não haver tantas festas, como em dezembro”, diz Gomes.
Tanto Magalhães, quanto Gomes, revelam que os preços da carne bovina devem seguir estáveis até a Páscoa. “Por estarmos em período de Quaresma, o consumo de carne bovina é pequeno, pois se consome mais peixes. Quando a aquisição de carne é pequena, a tendência é estabilidade ou queda, ao contrário de quando o consumo é maior”, salienta Magalhães.