O presidente do Sistema Famato, Rui Prado, é um dos palestrantes do Workshop Brasil de Agropecuária e Meio Ambiente – A nova Legislação Ambiental para o Agronegócio. A palestra será nesta quarta-feira (21.03), às 10h, no Centro de Convenções Caesar Park Faria Lima, em São Paulo. O evento busca uma análise objetiva da regulamentação das atividades rurais no país, a fim de orientar empreendedores e governos e esclarecer questões legais e econômicas que podem definir a viabilidade de futuros projetos. Entre os principais temas que serão apresentados no evento estão: Código Florestal Brasileiro, Código Florestal dos Estados, Reserva Legal (RL), Área de Preservação Permanente (APP) e Manejo Florestal Sustentável.
No painel “Fazendo as Contas – A Aritmética do Agronegócio Sustentável”, Rui Prado abordará a produção e a produtividade da agropecuária mato-grossense, perspectivas, regularização ambiental e o consumo de alimentos no Brasil e no mundo. O objetivo deste painel é discutir a viabilidade econômica da atividade rural ambientalmente responsável e apresentar os limites para atratividade de investimento dentro das novas regras ambientais atuais e futuras. Além disso, será destacada a lógica econômica do preservacionismo e o pagamento por serviços ambientais na agricultura.
“O incremento na produtividade das lavouras de Mato Grosso contribuiu para aumentar a produção no mesmo espaço, evitando a abertura de novas áreas para a produção agropecuária. Se o produtor continuasse com a mesma produtividade de 1992, seriam necessários 4,8 milhões de hectares a mais em 2012 para a produção de soja, milho e algodão”, comparou Prado.
Mato Grosso ocupa o primeiro lugar no ranking brasileiro de produção de soja, algodão, milho segunda safra e criação de bovinos. No ranking mundial, o Estado é o 4º maior produtor de soja, o 8º maior criador de bovinos e o 12º e 14º produtor de algodão e milho safrinha, respectivamente.
Segundo o presidente do Sistema Famato, o aumento da produção por hectare tanto na agricultura quanto na pecuária mato-grossense contribuiu para evitar a abertura de 27 milhões de hectares no Estado. “Os investimentos em tecnologia, maquinário, manejo e melhoramento genético para produzir mais na mesma área já consolidada favoreceu a redução de 90% do desmatamento em Mato Grosso entre os anos de 2004 a 2011”.
Na palestra, Prado apresentará o custo para a regularização ambiental em Mato Grosso. Se o Código Florestal não for aprovado, Mato Grosso terá que arcar com R$ 14,5 bilhões para regularizar a situação dos produtores rurais. Neste cálculo estão incluídos os custos do Cadastro Ambiental Rural (CAR), da Licença Única Ambiental (LAU) e o custo total para recuperação de APP’s no Estado. Para a recuperação das Reservas Legais serão necessários R$ 51 bilhões, conforme estudo elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), instituição ligada à Famato.
No mesmo painel estarão presentes Claudinei Antônio Rigonatto, da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), o professor Gerd Sparovek, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirós, Renato Simplicio Lopes, da Federação da Agricultura e Pecuária do Distrito Federal (Fape-DF), e Rodrigo Junqueira, do Instituto Socioambiental Programa Xingu.
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) é a entidade que representa os 86 sindicatos rurais existentes em Mato Grosso. Junto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT) e o Imea, forma o Sistema Famato.
Para saber mais, confira AQUI a palestra apresentada por Rui Prado durante o evento.