O setor produtivo agropecuário de Mato Grosso já se mobiliza para conter o aumento de impostos estaduais que incidem diretamente sobre o setor. Entre eles, o reajuste de 28,42% na Unidade Padrão Fiscal (UPF), que passou de R$ 36,03 para R$ 46,27 em dezembro passado. Representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja-MT) e Associação dos Criadores (Acrimat) se reuniram ontem para discutir o assunto e elaborar um documento com as reivindicações que será apresentado ao governador Silval Barbosa em reunião prevista para a próxima semana.
Segundo o presidente da Famato, Rui Prado, além do reajuste na UPF, ocorrido no dia 27 de dezembro, também está na pauta de solicitações da categoria a revisão do decreto estadual, que desde o dia 30 de novembro de 2011, cancelou o beneficio de redução de 50% na base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre a conta de energia elétrica.
“Esta medida causa um impacto direto no custo da produção rural e nas operações agropecuárias do Estado. Ideal seria que Mato Grosso seguisse o exemplo de estados como Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que concedem incentivos fiscais aos produtores, chegando a quase zerar a tributação de ICMS sobre energia”, explica.
Prado afirma que o setor espera encontrar, junto com o governo do Estado, soluções que não onerem os produtores. “Nossa intenção é entrar em acordo com o governo estadual, buscando soluções que não prejudiquem o setor agropecuário de Mato Grosso que é o principal res ponsável pelos bons índices de desenvolvimento econômicos do Estado.
Pauta – O presidente da Famato, Rui Prado, comenta ainda que representantes de todo o setor estão preparando um estudo detalhado deste e de outros pontos importantes, para ser apresentado ao governador Silval Barbosa.
“Até sextafeira (13), o documento com todos os pontos reivindicados, mostrando detalhadamente o impacto das medidas no setor estará pronto. Definida nossa pauta de reivindicações, o próximo passo é solicitar uma audiência com o governador na próxima semana”.