Exportação dos produtos do agronegócio rendeu 31,51% a mais a Mato Grosso em 2011 comparando com o resultado do ano anterior. Nos 12 meses de 2011, foram embarcados US$ 10,918 bilhões em produtos ao exterior, referentes a 21,268 milhões de toneladas, sendo que no ano de 2010 o volume foi maior, com envio de 21,288 milhões de toneladas, porém com menor rendimento inferior, de US$ 8,302 bilhões.
Crescimento do valor das exportações é consequência da valorização das principais commodities agrícolas mato-grossenses, decorrente da evolução na demanda por alimentos no mundo. Entre os destaques da balança comercial, o complexo soja permanece na liderança dos produtos mais vendidos responsável por 62% do total comercializado. Foram US$ 6,877 bilhões em 2011 oriundos da venda de 14,181 milhões de toneladas de produto. O grão in natura ainda é o mais comercializado, o que para o economista Vitor Galesso não representa algo interessante para o Estado.
Galesso afirma que com preço do grão em alta, há menos interesse em beneficiar o produto dentro de Mato Grosso, o que significa perdas. Segundo ele, é hora de pensar em uma forma de estimular a instalação de indústrias de beneficiamento e frear o embarque do produto in natura.
Para o presidente da Associação do Produtores de Soja e de Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Henrique Fávaro, o balanço positivo das exportações é resultado da valorização do mercado e que, apesar da crise na região europeia, ele acredita em uma manutenção de preços.Até porque, como explica, apesar da crise na economia, com a queda de produção em consequência da seca na região Sul do país, os produtos de Mato Grosso continuarão com grande demanda.
Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, afirma que a procura mundial por alimentos mantém o Estado em uma posição favorável economicamente, mesmo em tempos de crise externa. Segundo ele, em 2012 o mercado deverá se manter positivo no agronegócio.
Um produto que apresentou significativa alta nas vendas estrangeiras foi o açúcar mato-grossense, que ampliou 115% o valor dos negócios, passando de US$ 14,374 milhões para US$ 22,583 milhões de um ano para outro. Motivo para o aumento foi uma recuperação de mercado, afirma o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras (Sindalcool), Jorge dos Santos.
Segundo ele, o Estado sempre exportou cerca de US$ 25 milhões para os países da América do Sul, porém em 2010 houve queda neste mercado. “É uma recuperação. Ano retrasado outros estados conquistaram parte de nossos clientes, mas com a quebra de produção em 2011, Mato Grosso retomou a clientela”.
Importação – Valor das compras somou US$ 5,807 milhões ano passado, 5,9% a menos que 2010.