As obras das BRs 163, 080, 158 e 242, em Mato Grosso, devem ser as prioridades dos poderes públicos para amenizar os gargalos logísticos e acelerar o escoamento da produção agropecuária do estado. Representantes do Movimento Pró-logística apresentaram, nesta sexta-feira (22.03), as principais demandas do setor produtivo para que os projetos de infraestrutura e logística das rodovias, assim como das ferrovias e hidrovias, sejam implantados e concluídos. O encontro contou com a participação de membros da bancada federal de Mato Grosso.
A previsão é de que as obras da BR-163, por exemplo, sejam finalizadas até o final deste ano. Ainda estão em projeto as BRs 242 e 080. Segundo o diretor executivo do Movimento Pró-logística, Edeon Vaz, é necessário agilidade nesses projetos para que as obras sejam licitadas ainda este ano, a fim de que a construção inicie em 2014. “Isso vai fazer com que haja redução de custo para o produtor, pois ele terá acesso direto à ferrovia Norte e Sul e pela ferrovia ao porto de Itaqui”, explicou Vaz.
O presidente da Famato, Rui Prado, considerou a reunião positiva. “Esperamos que a partir desse encontro os deputados e senadores da bancada mato-grossense no Congresso Nacional trabalhem ainda mais este assunto. Mato Grosso tem solução para o Brasil. Temos forte representação na produção agropecuária nacional, que gera emprego e renda e contribui para o superávit da balança comercial brasileira. Isso tudo só é viável se tiver como transportar as mercadorias. Não podemos mais perder competitividade e vidas nessas estradas. A integração entre os modais rodovia, ferrovia e hidrovia é necessária e urgente”, avaliou Prado.
Segundo informações do Movimento Pró-logística, a região do Vale do Araguaia em Mato Grosso, por exemplo, tem 4 milhões de hectares com potencial para serem explorados. Conforme Vaz, são áreas já existentes e de pastagem que podem ser aproveitadas para agricultura. “É uma região que está crescendo muito, mas esse crescimento só será consolidado no momento em que tivermos modais com custos mais baratos e sustentáveis”, acrescentou o presidente da Aprosoja e do Movimento Pró-logística, Carlos Fávaro.
Entre os parlamentares presentes estava o senador Blairo Maggi. Ele lembrou que há 30 anos Mato Grosso produzia cerca de 100 mil toneladas de grãos e agora produz em torno de 30 milhões de toneladas. Essa produção, conforme avaliou, continua ocupando os mesmos caminhos de antigamente, com exceção da hidrovia do Madeira-Amazonas, que entrou em operação há 15 anos. “Hoje estamos mais próximos da solução desses gargalos, mas os problemas continuam e os prejuízos também. A bancada federal tem trabalhado, independentemente da cor partidária e se há oposição ou não. Sempre que há um pleito por parte do Movimento Pró-logística estamos presentes nas reivindicações. E esse é o nosso papel, de defender a produção e o estado de Mato Grosso”, destacou Maggi.
União – O Movimento Pró-logística é uma união de entidades mato-grossenses que tem o objetivo de acompanhar projetos de desenvolvimento logístico e propor soluções que possibilitem ganhos econômicos, sociais e ambientais para Mato Grosso. O grupo é composto por diversas entidades, entre elas a Famato, Aprosoja, Acrimat e Ampa.
A Famato é a entidade que representa os 87 sindicatos rurais existentes em Mato Grosso. Junto com o Imea e o Senar-MT, forma o Sistema Famato. Acompanhe-nos nas redes sociais, pela Fan Page no Facebook (https://www.facebook.com/sistemafamato) e pelo perfil no Twitter (@sistemafamato).