Cerca de 30% do que o consumidor paga no quilograma da carne bovina vai para o bolso do pecuarista mato-grossense. O terço que paga pela produção é foco do Boletim Semanal da Bovinocultura, divulgado ontem pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O maior percentual sobre o quilo comercializado fica com o varejo, mais de 64%.
A participação no preço da carne bovina comercializada na gôndola dos supermercados e nos açougues, isto é, o que cada elo da cadeia recebeu proporcionalmente ao preço de venda do quilograma da carne consumidor, variou, para o pecuarista mato-grossense próximo da estabilidade. Para o período dos últimos 13 meses o pecuarista de Mato Grosso recebeu, em média 33,04% do preço pago pelo consumidor, sendo justificada tal participação considerável ao tempo que o animal passa na fazenda e seu consequente custo de produção. Já a indústria possui uma participação, em média, para o mesmo período, de 2,63%, o menor entre todos os elos. Como vem sendo registrado, o varejo recebe a maior fatia do preço pago pelo consumidor, com uma participação média, para o mesmo horizonte de análise, de 64,33%. “Quando são analisados os preços, nota-se que o que o pecuarista de Mato Grosso está recebendo 2,76% menos no preço da arroba, em janeiro de 2012 a cotação da arroba era de R$ 86,92. Já atacado e varejo, aumentaram seus preços, 0,10% e 29,54%, respectivamente”.