O novo boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado ontem, aponta que 418,9 mil toneladas da produção de soja atual estão prejudicadas por avarias e umidade acima do padrão, representando 1,7% da produção total estimada em 24,13 milhões de toneladas. Os prejuízos foram causados tanto pelas chuvas na época de colheita quanto pontuais secas durante o plantio.
O mesmo estudo aponta que a quantidade de chuva registrada em janeiro está dentro do volume médio de precipitações se comparado com o histórico do período. No entanto, quando se avalia a área de soja a ser colhida no mês de janeiro, se constata um aumento de 78,7% sobre o maior valor do histórico, que ocorreu na safra passada.
Na temporada atual, aproximadamente 2,08 milhões de toneladas, considerando a média de produtividade de 51 sacas/ha, estavam prontas para serem colhidas no mês passado, enquanto na safra 2011/12 eram 1,16 milhão de toneladas. O impacto dessa tentativa de antecipação de 1ª safra para se conseguir um maior período útil para o plantio da 2ª safra fez com que Mato Grosso acumulasse perdas nos primeiros 17,4% de área colhida.
Mercado: os preços internos da saca de soja no Estado apresentaram variações positivas no município de Campo Verde. Com a colheita avançada e muitas negociações, a saca de foi cotada em R$ 49 no início da semana passada, oscilando positivamente no período porém, encerrando na sexta-feira (08) valendo os mesmos R$ 49.
Em Diamantino, registrou-se a maior variação negativa na média semanal, de 2,41%, o que representa R$ 1,16/sc em relação à semana anterior. Com a baixa do mercado internacional, a saca da soja nesse município atingiu preço mínimo de R$ 45,80 na semana. Sorriso também acompanhou a tendência negativa do mercado, abrindo a semana com preços de R$ 47,50/sc e fechando cotada a R$ 46,50.