Pesquisadores da ALIC, do governo japonês, visitam Mato Grosso para levar informações ao Japão sobre os estoques de grãos para importação e o custo da produção. O país importa grandes quantidades de soja e milho para ração animal. Em 2012 foi o primeiro ano que o Japão importou mais milho do Brasil do que dos Estados Unidos, por conta do aumento do preço do produto norte-americano. Nesta quarta-feira (30.01) os pesquisadores estiveram na Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) para buscar informações sobre a produção agrícola do estado.
Em reunião com o analista de grãos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cléber Noronha, e a analista de fibras, Elisa Gomes, o conselheiro do grupo de pesquisa internacional da ALIC, Makoto Kobayashi, explica que a estabilidade meteorológica brasileira agrada os importadores. "Principalmente pelo Brasil não sofrer fenômenos como El Ninha nos EUA e outras catástrofes como ocorrem no Japão", justifica Kobayashi.
O grupo está há três dias no estado e passará ainda por Brasília e São Paulo. Os pesquisadores visitaram lavouras em Sorriso e Lucas do Rio Verde. Eles aproveitam para entender o processo de colheita da soja, que vai de janeiro a março, e o plantio do milho.
De acordo com Cléber Noronha, a visita é muito proveitosa para os produtores mato-grossenses, que podem ter em vista novos compradores de grãos. "O preço acessível do milho no Brasil fez aumentar o consumo mundial do cereal e no Japão não foi diferente. Mesmo sendo uma visita técnica, o interesse deles em nossos grãos é perceptível", comenta Noronha.
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