Produtores de soja de Mato Grosso que apostaram no plantio de variedades precoces iniciaram o plantio antecipadamente. No município de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá, os produtores que plantaram em setembro começaram a colher na última semana de dezembro, enquanto quem optou pelos ciclos de maior duração precisa aguardar até o mês de fevereiro para colocar as colheitadeiras no campo.
Um exemplo no município de quem antecipou as atividades no campo é do produtor Romélio Gardin, que apesar de alguns problemas durante o desenvolvimento das plantas já avalia positivamente a escolha.
"Temos ai áreas com três aplicações contra a ferrugem, como também, outras com quatro. Quer dizer, estamos prevenidos neste aspecto. Tivemos bastante problema com lagartas que judiaram bastante, mas que não chegou a atrapalhar. A soja produzindo bem e acredito que vamos fazer uma colheita boa", disse o agricultor.
Quem plantou a variedade de ciclo mais logo, iniciou a semeadura uma semana após aqueles que escolheram a variedade precoce. A escolha se dá para que seja antecipado as atividades das culturas de milho e algodão segunda safra, que geralmente é iniciado após a colheita da soja.
Mas o clima ainda gerar preocupação no município, com alerta o presidente do Sindicato Rural, Laércio Lenz. " A partir desta semana até o dia 20 tem previsão de bastante chuva. Vai depender muito do horário em que ela vai ocorrer, tem ano que acontece mais a noite em outros somente durante o dia. O pessoal está bem equipado para a colheita. Se conseguir colher em torno de quatro horas por dia, consegue tirar o produto da lavoura tranquilamente", observou.
Produção
Em Mato Grosso, a área destinada à soja em 2011/12 deve apresentar crescimento de 8,9% frente a 2010/2011 segundo a última revisão da safra pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Se a projeção for confirmada, ela deve saltar de 6,4 milhões de hectares a 6,9 milhões de hectares entre um período e outro.
O maior incremento deve ocorrer sobre o norte mato-grossense, cujo espaço deve saltar 121,3%, passando de 39 mil hectares a 86,3 mil hectares, de acordo com o Imea.
Já a produção prevista para o próximo ano é de 22,1 milhões de toneladas, alta de 7,8% frente ao ciclo anterior, que somou 20,5 milhões de hectares.